Eu acho que os adultos, pais e professores, deveriam compreender melhor que a rebeldia, afinal, faz parte do processo de autonomia, quer dizer, não e possível ser sem rebeldia. O grande problema está em como amorosamente dar sentido produtivo, dar sentido criador ao ato rebelde e de não acabar com a rebeldia. Tem professores que acham que a única saída para a rebelião, para a rebeldia é a castração. Eu confesso que tenho grandes duvidas em torno da eficácia dos castigos. Eu acho que a liberdade não se autentica sem o limite da autoridade, mas o limite que a autoridade se deve propor a si mesma, para propor ao jovem a liberdade, é um limite que necessariamente não se explica através de castigos. Eu acho que a liberdade precisa de limites, a autoridade inclusive tem a tarefa de propor os limites, mas o que é preciso, ao propor os limites, é propor a liberdade que ela interiorize a necessidade ética do limite, jamais através do medo. A liberdade que não faz uma coisa porque teme o castigo não está “eticizando-se”. É preciso que eu aceite a necessidade ética, ali o limite é compromisso, e não mais imposição, é assunção. O castigo não faz isso. O castigo pode criar docilidade, silencio. Ma os silenciosos não mudaram o mundo.
sábado, 26 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário